quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Revestrés II

Tenho o desprazer de escrever essas miseras linhas, sobre um assunto tão chato, mais tão chato que, quando toco no teclado do computador , meus dedos dão até câimbras. Mas essas câimbras é uma repulsa do meu cérebro, dizendo que toda essa esculhabação existente em nossa cidade, não merece por parte de nenhum cidadão, qualquer consideração.
Vejamos então:
Que politico brasileiro (todos) tem o direito de falar mal do outro, se existir algum que jogue a primeira pedra;
O que o povo (plebe) tem haver com picuinhas ou desacordos entre os políticos;
Politicalha como é aqui é acolá, eles são igual macaco, numa eleição estão juntos noutra estão separados. Galho em galho (digo palanque em palanque);
Dentro da politicalha, quando se é aliado é irmão, é companheiro. Se for o contrário num presta, é falador, mentiroso, hipócrita, demagogo, ladrão, etc.;
O politico quando está fora (sem exercer cargos) tudo pode, existe dinheiro para tudo, o administrador num faz por que não quer. Mais se já exerceu ou venha a exercer algum cargo, faz igual ou pior do que o seu antecessor;
O eleitor é o maior culpado de toda a tragédia politiqueira vivida em nosso país, ele num espera nem chegar o período eleitoral que o seu voto já virou moeda de troca. Já trocou por uma sandália, pagamento de sindicato, conta de luz ou água, remédio, botijão de gás;
Num país igual o nosso, onde a politicalha é um fenômeno efervescente, o eleitor deveria comporta-se como eleitor, e o político como político. (na verdade ninguém sabe quem é quem). Vira uma paixão um negocio nojento esse troço que fica difícil definir;
Amigos, digo amigos! Toda essa troca de farpas nas redes sociais, não vão nos levar a lugar nenhum. O que os políticos querem na realidade, é defensores ferrenhos do seu nome ou grupo. O que é que se ganha com tanta ofensa? Mais ofensa. Não esqueçam! Eleição é de quatro em quatro anos, amizade é para toda a vida.
E para dizer que não falei de flores; rosas, rosas, rosas....................


Por: Silvio Silva

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

DE GALHO EM GALHO

Aproxima-se mais uma eleição municipal, onde o direito de barganhar para muitos é muito mais interessante do que os interesses coletivos. As peças do tabuleiro eleitoral começam a ser mexidas e posicionadas a seis meses da eleição. O jogo é complexo porque são muitos egos a serem administrados e poucos espaços para alocar tanto narcisismo. Numa eleição existem os aliados de um lado com interesses e objetivos em comum. Na outra ponta tem outro grupo (ou grupos) que é contra os interesses do grupo opositor. Na disputa, o discurso agressivo, o baixo nível do debate e a lavagem de roupa suja vão para os palanques, nas panfletagens, no corpo-a-corpo nas ruas e nos debates nas escolas. Quem tem a melhor plataforma de trabalho? Quem tem as melhores condições de assumir a função executiva e parlamentar? Qual dos candidatos tem as melhores intenções para fazer do seu mandato uma obra em favor da sociedade? Até então, o que está valendo é o conceito de se fazer o melhor discurso para conquistar uma parte dos eleitores. Numa estratégia de jogo podemos encontrar inimigos ferrenhos de longas datas que jamais se sentariam juntos numa mesma mesa de restaurante, mas por amor ao povo, estão coligados-associados-consorciados para unificar a força e subirem todos ao mesmo palanque. Por amor ao povo os inimigos hoje, são amigos íntimos de infância. Encontramos os oportunistas de “sombras” que rondam e rondam determinadas figuras do meio político para ficar ao lado dele e usar seu prestígio e o seu dinheiro durante a campanha. Também temos os navegadores àqueles que vão de um lado para o outro conforme a onda levar. Há os que gostam de fixar residência com um determinado grupo e tomar conta da base de sustentação para determinar quem entra, quem sai e quem deve ou não ser convidado. Existem aqueles que se elegem por um determinado grupo, e nem mesmo assumem o mandato e já debandam para um grupo que antes era oposição. Tudo isso para não perder as benesses que só mesmo os que estão no topo dos governos municipais conhecem. É o efeito cascata da pós-eleição. Conquistados o poder os interesses mudam. Mudam o discurso, a ação e muda o conceito do que é integridade, fidelidade e bandeira ideológica. E assim caminha a politicalha, com seus acordos esdrúxulos que só eles entendem.  

Por:


Silvio Silva

Off Side

A menos de um mês do pontapé inicial para a copa do mundo no Brasil, o país começa a entrar em estado de êxtase, sentimento momentâneo.  Independente do resultado final desse evento, o que restará para o povo além da frustração, é uma recessão monstruosa. O Governo gastou com construções e reformas de estádios e aeroportos, cerca de 28 bilhões de reais.  O que é pior, a maioria desse recurso, é superfaturado e desviado. Ainda tem os gastos durante a realização da copa. Estima-se que esse resultado final, possa chegar à casa dos 30 bilhões de reais. É muito dinheiro investido em algo que num vai deixar quase que nenhum legado.  Não é que eu não goste de futebol, ou esteja torcendo contra, mas com 30 bilhões de reais, colocaríamos todos os brasileiros de 04 a 17 anos, que não estão frequentando as escolas; renovaríamos toda a frota de ônibus e lanchas escolares, fazendo com que, o nosso alunado tivesse um acesso mais rápido e seguro para as suas respectivas escolas; reformaríamos e ampliaríamos hospitais e unidades de saúde em localidades carentes (regiões norte e nordeste), onde a medicina e o acesso a exames, consultas e os mais diversos atendimentos são precários;  contrataríamos médicos das mais diversas áreas, para atender o nosso povo, tão doente e carente de bons profissionais; investiríamos em segurança pública. É lastimável o contingente de policiais nas ruas, e em sua maioria despreparados para atuar em situações de riscos;  investiríamos em saneamento básico. É inadmissível que um país que patrocina uma copa do mundo, não tenha essa preocupação em cuidar da água e do esgoto de sua população; acabaríamos de uma vez por toda, com essa praga chamada de drogas. É revoltante ver em becos e esquinas, crianças se drogando e se prostituindo, por falta de políticas públicas que atenda as suas necessidades básicas (escolas, lazer, esporte, saúde, etc.); reformaríamos toda a nossa malha viária. Rodovias recuperadas facilitariam a escoação de produtos: mercadorias, grãos, hortaliças, verduras, carnes, frangos, peixes, etc. diminuindo o preço e o acesso ao consumidor; construiríamos novas escolas técnicas e campus universitários, nos mais diversos locais possíveis, a fim de tirar o nosso jovem do ostracismo; investiríamos em moradia não se pode admitir que exista pessoas morando debaixo de pontes, e dormindo ao relento por falta de moradia; faríamos um pouco de tudo, investiríamos em moradia, saúde, saneamento básico, infra estrutura, esportes, lazer, cultura, musica. O que é contraditório com todo esse gasto de bilhões, é essa inversão de prioridades. Em fim, anteferir a realização de uma copa do mundo no Brasil, não está sendo vista com bons olhos, pois é sabido por todos, que a conta vai chegar, e terá que ser paga...

Por;


Silvio Silva