quinta-feira, 11 de junho de 2020
segunda-feira, 27 de abril de 2020
Non transiet
Video navis ad navigandum
Ad me deferretur
illorum temporum venimus
absque having ut fatigo circa
nunc tempus aliud
et cum cessabit mare
Habemus ad Domi manere
tempestas transiens usque
Silvio Silva
Vai passar
vejo um barco navegando
que saudades que dar
daqueles tempos que navegávamos
sem ter que nos preocupar
o tempo agora são outros
e mesmo com a calmaria do mar
temos que permanecer em casa
até essa tempestade passar
Silvio Silva
segunda-feira, 13 de abril de 2020
Revestrés
O oposto do oposto revertério
contradição
Severidade intolerância castigo
perdão
Vírus bactérias sistema
imunização
Mcdonalds bobs espetinhos carvão
Zé ramalho Pixinguinha Luiz
Gonzaga rei do baião
Política politicalha pobreza servidão
Zumbi Nélson Mandela apartheid
libertação
Donald Trump Kim Jun Un diálogo
explosão
Lula Bolsonaro incompetência
corrupção
Céu inferno injustiça escuridão
José Sarney Flávio Dino miséria Maranhão
Tango samba copa do mundo seleção
Maresia tsunami sol nascente
destruição
Ótica íris cegueira visão
Abrão Jesus Cristo Maomé religião
Certo de que não rimei em vão
Concluirei essa rima com a
estrofe de uma canção
Escrita por Renato Russo, compositor
da legião
Diga-me como chegar até as nuvens
com os pés no chão...
Silvio Silva
Silvio Silva
sábado, 11 de abril de 2020
Minha Senhora
Minha senhora adorada
Infinito és o meu amor por ti
Naquela noite estrelada
Horas abençoada que te conheci
Amo – te pois bem sei que gostas de ser amada
Senhora do meu destino
És para mim o meu viver
Não acredites que um dia eu possa te esquecer
Hoje eu te amo mais que amanhã
Ontem menos que hoje
Rogais que seja sempre assim
Amanhã serás um novo dia e você pertinho de mim
Texto
Por:
Silvio Silva
sexta-feira, 10 de abril de 2020
Por um instante
Por um
instante fora só uma notícia
Por um
instante era apenas um vírus
Por um
instante é só uma gripizinha
Por um
instante é lá na china
Por um instante
chega na europa
Por um
instante já está nos estados unidos
Por um
instante não chega aqui
Por um
instante aparecem os primeiros casos
Por um
instante não precisamos entrar em pânico
Por um
instante decretam quarentena
Por um
instante estamos trancafiados
Por um
instante o medo e a apreensão tomam conta de todos
Por um instante
é só mais um instante a qual não sabemos o que vai acontecer
Por um instante
a todo instante queremos que tudo isso passe e que tudo volte ao normal
Texto
Por:
Silvio Silva
terça-feira, 31 de março de 2020
Joana Cabral Dias, Simplesmente Irmã Joana Paula
Nada é mais forte, admirável e
formidável do que uma mulher que sabe o que quer e não tem medo de ser quem é.
Nascida em uma época em que as mulheres eram tidas somente para cuidar das
atividades domésticas e principalmente reproduzir (parir), Joana Cabral Dias
foi muito mais além, empreendeu e comercializou como poucos, numa sociedade
extremamente machista e conservadora, em que a mulher não tinha direitos de
intervir em negócios que eram exclusividade dos homens.
Filha, irmã, tia, prima,
sobrinha, esposa, mãe, avô, bisavô, trisavó (tataravó), irmã em cristo,
conselheira. Quantos adjetivos mais teriam de se usar para definir essa mulher?
Por toda a sua história, o adjetivo Heroína o representa no mais amplo sentido
da palavra.
Joana Cabral Dias carrega consigo
vários pseudônimos: Mãe Joana, Vovó Joana, Dona Joana e principalmente Irmã
Joana Paula, como é conhecida em toda Santa Luzia do Paruá - Maranhão. Nasceu
em Curralzinho, município de Pinheiro – Maranhão, em 28 de março de 1940. Filha
de Raimundo Peixoto e Maria da Glória Cabral, sendo ela a sexta filha de treze
irmãos. Constituiu uma família numerosa; 02 filhos, 08 netos, 19 bisnetos e 01
trineto (tataraneto). Teve uma infância pobre e sofrida, não estudou. Ainda
criança, teve que ajudar os pais na lida diária, como não tinha tempo para
estudar, dividia o nas tarefas domésticas e no alambique de cachaça da família.
A vida lhe ensinou que a honestidade e o caráter são ferramentas essenciais para
uma pessoa vencer na vida. Casou muito nova (quinze anos), com o senhor
Raimundo Paulo Dias (in memorian), homem virtuoso, como ela o denomina. Teve o
seu primeiro filho aos dezesseis anos, esse morreu ao nascer. Um ano depois,
nascia Maria Helena Cabral Dias, hoje advogada. Conta dona Joana que quando
Helena nasceu, a pobreza era tão extrema, que não puderam cria-la, sendo
entregue para o seu avô com um ano de idade.
Com tanta pobreza, aprendeu a quebrar coco babaçu, pescar e ajudar o
senhor Raimundo Paulo no plantio e colheita da roça. Com muitas idas e vindas,
a vida foi melhorando, já possuía uma quitanda, algumas cabeças de galinhas,
uns porquinhos e um pouco de legumes no paiol.
Seis anos passaram, nesse período, muda-se de Curralzinho para o Moite, localidade
essa encravada na zona rural do município de Santa Helena - Maranhão. Junto com
a mudança para o Moite, vem o nascimento do seu terceiro filho, José Ribamar
Cabral Dias (Zequinha da Pinheirense), empresário. Ela relata que quando
engravidou de Zequinha fez uma promessa para São Jose de Ribamar, promessa
essa, que se tivesse um bom parto, deixaria o cabelo de Zequinha crescer, e que
só seria cortado na igreja da cidade de São José de Ribamar – Maranhão. O
engraçado dessa promessa, é que devido não ter condições de ir até a cidade de
São José de Ribamar, faz um acordo com o padre da paroquia de Santa Helena,
para pagar lá mesmo. São muitos “causos” como diz o seu filho Zequinha, um
desses tantos, que certo dia, não tinha ninguém que ficasse olhando Zequinha,
para que pudesse quebrar cocos. Num instante, teve uma ideia, cavou um buraco
na terra, colocou água e pôs Zequinha dentro, para, enfim, trabalhar. Os anos
foram passando e com ela a vontade de morar em lugar maior, Raimundo Paulo
comercializava o que produzia (arroz, farinha, milho, feijão, etc.) naquelas
localidades perto do Moíte. Esse transporte era feito por tropeiros (em lombos
de burros). Sempre que podia, dona Joana acompanhava o senhor Raimundo Paulo
nessas viagens. Foi numa viagem dessas que dona Joana teve a ideia e perguntou
para o senhor Raimundo Paulo o porquê deles não mudarem para um lugar mais
desenvolvido, onde pudessem aumentar o comércio e colocar os filhos para
estudar. Senhor Raimundo Paulo retrucou e disse que ainda não era hora de sair
do Moíte. Dona Joana, muito jeitosa, aos poucos foi convencendo o senhor
Raimundo Paulo para fazer a mudança. A ideia inicial seria mudar para Bragança
no estado do Pará. No entanto, entra na história o Compadre Januário, homem de
visão futurista, e argumenta que o melhor era mudar-se para Santa Luzia do
Paruá, por lá ser uma localidade nova (na época) com um crescimento acelerado e
um impressionante potencial para o comércio (secos e molhados). Assim o fizeram e, no ano de 1973, chegam a
Santa Luzia do Paruá-Maranhão. Em Santa Luzia do Paruá, se estabeleceram no
prédio que hoje funciona a secretária da assistência social e a casa ao lado
próxima a escola Laura Estrela. Dona Joana relata que o compadre Januário
estava certo quando o fez os mudarem de ideia.
Foram algumas décadas nesse endereço. Prosperou e ajudou Santa Luzia do
Paruá comercialmente, pois, ao longo dos anos fora um dos maiores comércios de
secos e molhados da região. Em 1983 compram a casa que hoje funciona o Centro
Administrativo do Grupo Pinheirense. Foi
peça fundamental na emancipação política de Santa Luzia do Paruá no ano de
1987, como é uma pessoa articulada, ajudou muito o nosso município se
desmembrar de Turiaçu. No ano de 1992
veio outra mudança, essa não foi de cidade, mas sim, de endereço. Venderam a
casa que funcionava o comércio e a casa de moradia, comprando a Chácara onde
residem atualmente. Talvez de toda a trajetória de vida de Joana Cabral Dias,
não tenha existido um ano mais difícil que o de 2005, ano em que perde o seu
esposo Raimundo Paulo Dias. Morre no dia 20 de dezembro, e deixa em sua alma
uma lacuna que jamais será preenchida. Dona Joana continua viva, lúcida, sendo
ainda uma mãe, avó, bisavó e tataravó presente na vida de seus familiares.
Essa é Joana Cabral Dias ou
Simplesmente Irmã Joana Paula, biografada texto acima. Mulher guerreira,
batalhadora passou por muitas adversidades, mas mesmo assim, conseguiu vencer
na vida sem precisar passar por cima dos seus princípios.
Texto
Por:
Silvio Silva
lama com força de concreto
Brumadinho
Brumadinho mina
Brumadinho mina feijão
Brumadinho mina feijão rompimento
Brumadinho mina feijão rompimento lama
Brumadinho mina feijão rompimento lama cinza
Brumadinho mina feijão rompimento lama cinza densa
Brumadinho mina feijão rompimento lama cinza densa morte
Brumadinho mina feijão rompimento lama cinza densa morte
saudades
Texto
Por:
Silvio Silva
quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020
Literatura Juvenil Transição entre a Infância e a Adolescência
Que chamamos de literatura
juvenil? É um ramo da literatura dedicado
especialmente às crianças e jovens adolescentes. Nela, se
incluem histórias fictícias infantis e juvenis, biografias, novelas, poemas,
obras folclóricas e culturais ou simplesmente obras contendo/explicando fatos
da vida real (ex: artes, matemática e ciências etc.). É um campo difícil de demarcar, porque conheço
jovens capazes de ler Borges com o mesmo entusiasmo que um adulto de trinta
anos; conheço, também, jovens que, a duras penas, podem ler O patinho feio, de
Andersen.
Delimitar a literatura juvenil
ao tipo de literatura que trata dos jovens não deixa de ser uma classificação
que empobrece o gênero cujas fronteiras são tênues na medida em que se tenta
definir sua especificidade a partir do receptor. E isso é problemático. É mais
problemático ainda quando não se estabelece que o juvenil está ligado à
recepção de uma obra, mas sim à produção. Nesse sentido, encontramos várias
correntes de pensamento.
Uma delas é a que se refere a
obras preestabelecidas, dirigidas a um púbico preconcebido e homogêneo. Livros
feitos para o consumidor mediano, neste caso, destinado à faixa entre 12 e 16,
encaixados em modelos cuidadosamente estudados pela psicologia de mercado, para
que cheguem – não a um leitor, no sentido sociológico ou antropológico do termo
– mas sim a um consumidor mediano, a um “target” previamente analisado. Um
gênero dirigido, sobretudo, ao público juvenil (são escassas as obras que se
dirigem aos mais novos) que marca normas de conduta, seja pela denúncia ou
pelos efeitos negativos das personagens que não as seguem e que explicam os
sentimentos comuns da adolescência ou mostra a realidade de alguns adultos.
Definitivamente, explicita determinada ideologia baseada em pautas discursivas
facilmente identificáveis, sobretudo com a ideologia politicamente correta.
Conclui-se que a literatura é
fundamental para o desenvolvimento emocional, crítico, intelectual e social do
indivíduo, portanto, imprescindível aos jovens por estarem iniciando na vida e
consequentemente uma enorme melhora nos vastos setores sociais. Como afirma o
cantor Rashid “a palavra é um oceano, mas a língua é uma âncora”, é preciso
saber entender as palavras, seus significados, formas e sons.
Texto:
Pesquisa
Por:
Silvio Silva
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