terça-feira, 19 de julho de 2016

POR QUE TEM QUE SER ASSIM?

Apesar de o homem ser dotado de inteligência e razão, o que o difere dos demais animais, muitas das vezes ele deixa de lado tais atributos para agir apenas pela emoção. Nada de errado deixar com que a emoção tome parte nas atitudes, principalmente nos dias de hoje onde o sentimento deu lugar a selvageria. Afinal, como já dizia um sábio: “o coração tem razões que a própria razão desconhece”. Falar de sentimento é sempre difícil, principalmente tentando explicar através de palavras algo que só pode ser sentido. A liberdade que temos diante da própria constituição federal nos dá o direito de expressar o que sentimos desde que respeitemos os outros e a sociedade por um todo. Expressar a nobreza de qualquer sentimento como o amor, a paixão, a felicidade e até os nossos desafetos, desde que seja de forma equilibrada, faz bem a qualquer um, tirando o homem do seu mundo íntimo, compartilhando com o semelhante seus sentimentos. Mas o que nos chama atenção é a forma com que muitos expressam seus sentimentos. Alguns pontos principalmente como religião, o futebol e a política levam o ser humano a atitudes grotescas em defesa daquilo que acredita, agindo muitas das vezes de forma apaixonada e pouco racional. Como não devemos julgar a atitude alheia, principalmente no que tange à fé, e o futebol é algo secundário ou pelo menos deveria ser na vida de uma pessoa, analisemos apenas a paixão política dos três pontos aqui citados, por esta fazer parte do nosso dia-a-dia e influenciar diretamente a vida de todos nós. A política como sistema de regras à direção dos negócios públicos deveria beneficiar a todos, através de ações coletivas, e não a uma minoria. Apesar de não justificar, a paixão política, ou melhor, a paixão por políticos, nasce juntamente destes benefícios pessoais e familiares levando o beneficiado a "matar e morrer" na defesa do seu padrinho. É ai que vemos pessoas com uma paixão desenfreada de bandeira em punho, discursos eloquentes, apesar de vazios, defenderem políticos de forma a perder a própria identidade. Tem sido assim nas esferas federais, estaduais e municipais Brasil a fora! Cargos mantidos, favores arranjados, facilidades obtidas, beneficiando poucos, que muitas das vezes não têm competência para conseguir tais benfeitorias por meios lícitos onde se dá oportunidade para todos, através de concursos públicos. É o egoísmo de poucos comprometendo a vida de muitos, inclusive o futuro dos próprios descendentes pelo comodismo e desestímulo ao desenvolvimento das capacidades. Acostumou-se tanto os homens públicos não cumprirem o seu dever de forma digna e correta quando no poder,  que quando fazem apenas o básico e o essencial, parece fazer demais. Isso tem levado muitos a fechar os olhos, sem perceber que estes a quem estamos apaixonados politicamente, pouco se importam de fato com o todo, com as necessidades reais da sociedade e que muitas das vezes nos beneficiam com pequenos favores para nos fazer calar, enquanto agigantam suas estruturas políticas e pessoais, para alimentar também suas paixões políticas de poder.

Texto:
Gal

Por:

Silvio Silva

terça-feira, 12 de julho de 2016

Congratulations to the Community Health Agents

Quando vimos, já somos adultos (20 anos!). E de repente, nossa adolescência acabou. A questão é que a vida passa em questão de segundos. Crescer traz responsabilidades ( essa tivemos desde o inicio) e nem sempre a disponibilidade e o poder que precisamos. Mas tudo bem é a vida. Parece que foi ontem (17/07/1996), todo aquele alvoroço de centenas de pessoas lutando pelo mesmo objetivo, ser um agente comunitário de saúde.

Vinte anos se passaram. Queremos que as nossas ideias como grupo continuem sempre amadurecendo. Que conhecemos pessoas que valham a pena, como já convivemos com tantas. Que não percamos mais nenhuma delas (sim, odiamos perder pessoas). Que consigamos continuar repassando o que aprendemos em nossas comunidades, fazendo com que as pessoas sintam-se melhores, solitárias e que encontrem em nós, palavras que os faltam. Queremos agradecer à vida, a tudo. Queremos envelhecer vivendo assim, nos deixando levar, nos surpreendendo sempre, ajudando as nossas famílias no que for preciso e possível. Amando a todos, sem rugas, com o mais puro sentimento.

Hoje completamos mais um ano de existência, mais um de muitos, assim esperamos. E não dá para não agradecer a todos os envolvidos (quase todos) que durante essas duas décadas contribuíram para o nosso fortalecimento e aprendizado Destacamos: Prefeitos Harolfran Alves de Melo, Riod Ayub Jorge, Nilton Ferraz e Eunice Damasceno. As nossas instrutoras Irmã Serena e Irmã Antonia Costa. Aos nossos Secretários de saúde Dra. Luiza, Dr. Washington, Dra. Eunice, Enfermeira Joseane, Enfermeira Simone, Senhor Raimundo Carvalho, Enfermeiro Rogério Pinto e Enfermeira Rosilene Cabral. Aos nossos Enfermeiros Lucia, Elenice, Fábio, Simone, Charles, Joseane, Josélia, Márcia, Paula, keytiuce, Sorândia, Diógenes, Evaneide, Thais, Soraya, Rogério, Rosilene, jerlane, Carla karoliny, Gean, Nierbeth, Josaniel, Nayara, Shirliane, Jéssica Buzar, Carla Cabral, Vanessa kelveny, Thalita, Rúbia. A todos os Médicos (impossível listá-los). Aos nossos amigos de trabalho que não se encontram mais conosco nesta vida (Memorian): José Rodrigues (Dega), Dona Cota, Elizabete Pessoa,Irmã Inês. Aos nossos coirmãos de Nova Olinda e presidente Médici. E não poderíamos deixar de citar alguns amigos de trabalho, que por algum motivo tiveram de abandonar a carreira de agente de saúde: José Vieira, Rosimeire, Romero Catingueiro, Junielson Ducarmo, Eva, Heleno, Maria José Anibal, Rubetania, Alacides, Simeão, José Silva e aqueles que por esquecimento não foram citados. Sintam-se homenageados e abraçados neste texto. Obrigado mesmo, a todos e a todas por fazerem parte da nossa história, afinal vinte anos é uma vida e tem mais é que ser comemorado.


Por:

Silvio Silva

segunda-feira, 11 de julho de 2016

O Amor não Tem nada que Ver com a Idade


Penso saber que o amor não tem nada que ver com a idade, como acontece com qualquer outro sentimento. Quando se fala de uma época a que se chamaria de descoberta do amor, eu penso que essa é uma maneira redutora de ver as relações entre as pessoas vivas. O que acontece é que há toda uma história nem sempre feliz do amor que faz que seja entendido que o amor numa certa idade seja natural, e que noutra idade extrema poderia ser ridículo. Isso é uma ideia que ofende a disponibilidade de entrega de uma pessoa a outra, que é em que consiste o amor. 

Eu não digo isto por ter a minha idade e a relação de amor que vivo. Aprendi que o sentimento do amor não é mais nem menos forte conforme as idades, o amor é uma possibilidade de uma vida inteira, e se acontece, há que recebê-lo. Normalmente, quem tem ideias que não vão neste sentido, e que tendem a menosprezar o amor como factor de realização total e pessoal, são aqueles que não tiveram o privilégio de vivê-lo, aqueles a quem não aconteceu esse mistério.

Texto:

José Saramago


por:
Silvio Silva