Que chamamos de literatura
juvenil? É um ramo da literatura dedicado
especialmente às crianças e jovens adolescentes. Nela, se
incluem histórias fictícias infantis e juvenis, biografias, novelas, poemas,
obras folclóricas e culturais ou simplesmente obras contendo/explicando fatos
da vida real (ex: artes, matemática e ciências etc.). É um campo difícil de demarcar, porque conheço
jovens capazes de ler Borges com o mesmo entusiasmo que um adulto de trinta
anos; conheço, também, jovens que, a duras penas, podem ler O patinho feio, de
Andersen.
Delimitar a literatura juvenil
ao tipo de literatura que trata dos jovens não deixa de ser uma classificação
que empobrece o gênero cujas fronteiras são tênues na medida em que se tenta
definir sua especificidade a partir do receptor. E isso é problemático. É mais
problemático ainda quando não se estabelece que o juvenil está ligado à
recepção de uma obra, mas sim à produção. Nesse sentido, encontramos várias
correntes de pensamento.
Uma delas é a que se refere a
obras preestabelecidas, dirigidas a um púbico preconcebido e homogêneo. Livros
feitos para o consumidor mediano, neste caso, destinado à faixa entre 12 e 16,
encaixados em modelos cuidadosamente estudados pela psicologia de mercado, para
que cheguem – não a um leitor, no sentido sociológico ou antropológico do termo
– mas sim a um consumidor mediano, a um “target” previamente analisado. Um
gênero dirigido, sobretudo, ao público juvenil (são escassas as obras que se
dirigem aos mais novos) que marca normas de conduta, seja pela denúncia ou
pelos efeitos negativos das personagens que não as seguem e que explicam os
sentimentos comuns da adolescência ou mostra a realidade de alguns adultos.
Definitivamente, explicita determinada ideologia baseada em pautas discursivas
facilmente identificáveis, sobretudo com a ideologia politicamente correta.
Conclui-se que a literatura é
fundamental para o desenvolvimento emocional, crítico, intelectual e social do
indivíduo, portanto, imprescindível aos jovens por estarem iniciando na vida e
consequentemente uma enorme melhora nos vastos setores sociais. Como afirma o
cantor Rashid “a palavra é um oceano, mas a língua é uma âncora”, é preciso
saber entender as palavras, seus significados, formas e sons.
Texto:
Pesquisa
Por:
Silvio Silva