sábado, 14 de outubro de 2017

AOS MESTRES COM CARINHO

De todas as homenagens que alguém possa receber, nenhuma é mais gratificante do que aquela que cite com exatidão o amor, o respeito, a responsabilidade, o compromisso e o carinho que uma pessoa (ou pessoas) possa ter por aquilo que exerce. Falar de um professor (a) hoje sem fazer uma retrospectiva desde os primórdios seria esquecer a contribuição e o legado que muitos profissionais deixaram para o que é feito hoje na educação de Santa Luzia do Paruá. Fazer educação em Santa Luzia do Paruá há trinta e poucos anos, era complicadíssimo, já que, o contexto histórico daquela época não era favorável; tínhamos uma ditadura militar e um processo de redemocratização e de transição do país, mesmo assim, esses profissionais despidos de tudo e de quaisquer vaidades embrenhavam-se nos mais longínquos rincões desse município. As dificuldades eram enormes, faltava de tudo desde a estrutura física a material didático, salários uma miséria, e ainda tinham que se deslocar até Turiaçu, via Rio Paruá/Turí, para receberem seus vencimentos, sem contar que nenhum era normalista (Estudante do curso pedagógico, que formava professores (a) nas escolas normais de todo o país para o ensino primário). Todavia, enfrentavam as suas lidas diárias. As modalidades de ensino oferecido naquele momento: Mobral, Projeto João de Barro, Projeto Nordeste, Escola Laura Estrela (município) e algumas escolinhas particulares; a frente desses trabalhos tinha os professores (a): Lili do Paruá, Professor Chiquinho (pai da alacides), Margarida, Mazinha, Diana, Neuzinha, Nemeuza, Raimunda Barros, Jancinete Veiga, Maria do Clero, Maria Chaves, Raimundinho do Correio, Julia, Rosilda de Nova Olinda, Clarisse Neves, Antonia Sousa, Duca do Juvêncio, Mocinha do Dema, Mariazinha, João Pezinho, Apoliano da Piçarreira do Paruá, Francinete, Paizinha, Lindalva (esposa do chico vigilante) Maria Arleide, Lourival do Correio, Nazimar, Irismar Rodrigues, Amaral Brasil, Antonia Costa. A partir da década de 80 (1980/1989), novos nomes foram surgindo no cenário da educação luziense, foi implantado duas escolas de ensino fundamental maior (ginásio), uma construída pelo professor João Moraes de Sousa (Escola Humberto de Alencar Castelo Branco), e a outra pelo professor Antonio Firminiano (Colégio José Sarney). Nesse período, o Brasil já vislumbrava novos horizontes, a luta por um regime político democrático, eclodia nos quatros cantos do país, e Santa Luzia do Paruá caminhava junto com esses acontecimentos, brigando pela sua emancipação política. Professores em atividade: João Moraes de Sousa, Antonieta Prado, Januário, Orestes, Salomé, Suely, René, Valmir, Thaglianeth Maria, Marcia, Raimundo Soares (Raimundo Professor), Lilian, Zuleide Feitosa, Maricí Lobato, Ozéas Pereira, Maria José Anibal, João do Azin Francisco, Adão Alencar Araujo, Joséfa, Maria de Fátima Chaves, Socorro Paraibana, Dona Benta, Marly Vasconcelos, Eliete Silva, Chico da Voz, Claudete Martins, Edilberto Cunha, Concita Baima, Maria Moraes, Raimunda do Chuiba, Nailde do Lelau, Conceição de Maria Firminiano, Miguel do Fórum, Marinete Feitosa, Valdemar, Lucia, Lucimar Martins, Marlene Moraes, Wilson Brito, Arcanja, Baima, Ozielita Sena, Harolfran, Rosimar, Professor Xavier e tantos outros, impossível listar-los. Os anos 90 (1990/1999) trouxeram consigo, uma busca maior pela função do magistério, Santa Luzia do Paruá já disponibilizava de grandes escolas e como consequência um numero maior de professores (a). Vale citar alguns nomes: Pastor Florindo, Lindomar do Delmiro, Marisa, Thesco, Ademir, Irmã Socorro, Eliulde Barros, Lindalva Guedes, Airton, Flávio Costa, Francisca Eliane, Marilene Galvão, Valber Barbosa, Leonilson Mota, Bilu, Gorete do Cajueiro, Nelson Guedes, Raimunda do Pereira, Domingos, Josilene Lemos, Feitosa, Maria José (duca), Pereirão, Edimilson, Silvio Caldas, Cleiton Veiga, Antonio Pintor, Silvana Muniz, Luis Alves Neto, Sandra Gomes, Pará, Zélia do Lelis. O ano 2000 chegou, e com ele um novo século, marcado por inovações, onde o magistério já não era suficiente para ministrar aulas, e estudar e se qualificar virou lei. Vários cursos superiores foram implantados no município, e hoje quase que 100% dos educandos tem graduação e pós-graduação. Dentre inúmeros profissionais em exercício no município, citarei um para representar todos nós; Professor Gilvan Passos (IN MEMORIAN), exímio professor de inglês, morto covardemente, sem nenhuma chance de defesa, morreu sem concluir o curso de letras. O numero de professores que já passaram e muitos que ainda estão em atividade e não foram mencionados neste texto, sintam-se todos homenageados.

Fontes:

Chico da Voz, Marceone Ramos, Amaral Brasil, Antonio Lopes Filho, Willame Policarpo

Texto

Por:

Silvio Silva

terça-feira, 3 de outubro de 2017

Afinal os trinta anos chegou minha Santa Luzia do Paruá

Hum, Santa Luzia do Paruá amanheceu mais velha hoje, já não é mais uma jovem minha cidade, a maturidade chegou, e com ela a responsabilidade e a segurança para lidar com diversas situações, por fim, são trinta anos de emancipação política, uma história rica que não começou lá no dia quatro de outubro de mil novecentos e oitenta e sete, veio muito antes de toda aquela briga emancipatória, história essa que começara nos meados dos anos cinquenta, com a chegada dos primeiros homens brancos na região do alto Turí.       
Falar de uma cidade hoje organizada e estruturada é fácil, difícil mesmo foi ter vivido neste solo em momentos remotos, onde malária, diarreia, sarampo e meningite,   matavam mais que uma guerra. Onde água potável era coisa de cinema e iluminação elétrica era um sonho distante.
Quero nesses trinta anos de emancipação política, fazer uma singela homenagem para algumas pessoas que tanto contribuíram para Santa Luzia do Paruá ser o que é hoje, então vejamos:
Raimundo Santos (Codó), para muitos e é o que consta a história, fundador e primeiro morador do então povoado denominado na época Tracuá. Conta à história que o senhor Codó chegara à região no final dos anos cinquenta e que o nome tracuá fora mudado para Santa Luzia, por o mesmo ser devoto da santa.
Padre Zezinho, de origem italiana, muito paciente e carismático, foi responsável por fundar a igreja católica.
Padre Joaquim, também italiano, sucedeu o padre Zezinho, esse era mais conservador, turrão, apolítico. Tinha uma peculiaridade, gostava de jogar futebol todas as tardes.
Pastor Raimundo Travassos de Melo, Bastante conservador, fundador, fora pastor de 1977 a 1982. Através dele foi feito o primeiro templo de alvenaria, onde é hoje o templo central.
Dona Itamar e seu Carioca, o que falar daquele casal, em tempos atrasados como aqueles, foram os primeiros empreendedores de Santa Luzia do Paruá, chegaram do sudeste do pais, e construíram o primeiro hotel e o primeiro cinema.
Carlindo Alves da silva, político, farmacêutico, por vezes fazia trabalho de médico, pois, o atraso era tamanho e não havia hospital e nem muito menos médicos para atender a população. foi eleito vice prefeito de turiaçu em 1982 numa chapa composta por Nana Fonseca.
João Moraes de Sousa, para muitos o maior político que esse município já teve, fora vereador por turiaçu e responsável direto pela emancipação política de Santa Luzia do Paruá. Chegara aqui em 1978, Fundou naquele mesmo ano a escola Humberto de Alencar Castelo Branco, no mesmo prédio da escola Laura estrela. A ideia de fundar a escola foi devido ao fato do povoado não disponibilizar de escolas de nível ginasial (como era conhecido na época o ensino fundamental do 6º ao 9º ano). Para muitos foi injustiçado, por não conseguir tornar-se prefeito de Santa Luzia do Paruá.
Vereador Antonio silva de Moraes primeiro político eleito em Santa Luzia do Paruá, ano de 1976 (ainda Turiaçu).
João Francisco Carvalho Santos (João Teixeira), primeiro candidato a prefeito em Santa Luzia do Paruá, ano 1982 (por Turiaçu). Hoje vereador por quatro mandatos.
Maria Enfermeira, enfermeira e parteira por profissão, quantos partos aquela senhora realizou a luz de velas e lamparinas. Morava no endereço que hoje funciona o hotel vale do paruá.
Antonio Lopes, carpinteiro, numa época em que moveis trabalhados eram artigos de luxo, ter uma bilheira para colocar potes e filtros e uma pentiadeira feita pelo senhor Antonio Lopes era para poucos.
José Vieira, artesão, poeta e religioso, constituiu uma família numerosa e conseguiu criar e educar a custa do seu trabalho artesanal. Fazia balaios e quibanes (materiais talos de guarimãs).
Adonias Carvalho Ramos, comerciante, político, foi o primeiro empresário a investir em transporte coletivo (tinha uma frota de ônibus que fazia linha via quadras / Santa Luzia).
Benedito Marreiros Ferraz (ditoso), agricultor e comerciante, foi um dos primeiros comerciantes de Santa Luzia.
Francisco Sousa (Chico da voz), quem não se lembra da voz liberal, primeiro som de alto falantes de Santa Luzia do Paruá.
Zuita, lavrador e comerciante, empreendeu também em Santa Luzia, tinha uma sorveteria e um cinema onde hoje funciona o edifício Joana Cabral Dias.
Raimundo Paulo Dias, comerciante e lavrador, iniciou a sua vida de comerciante com compras de gêneros alimentícios (grãos), fundador do grupo Pinheirense.
José Firminiano (diretor da escola José Sarney), Professor, chegara aqui em Santa Luzia no inicio dos anos 80 e implantou a escola José Sarney, assim como fizera o saudoso João Moraes de Sousa, essa escola iniciou as suas atividades no prédio da escola Laura Estrela.
Domingos Costa (Patativa), farmacêutico, ajudou muito no desenvolvimento de Santa Luzia do Paruá, Tanto na saúde curativa como na preventiva.
Doutor Juanito, médico, construiu o primeiro hospital de Santa Luzia do Paruá (hospital menino Jesus de Praga), onde hoje funciona o mercadinho Pinheirense.
Riod Ayub Jorge, político, fora intervetor com a emacipação política (1988), vindo a ser prefeito depois por dois mandatos 1997/2004. Reestruturou e organizou, construindo os principais prédios e praças publicas existentes em nosso município.
Hemetério Weba, político, primeiro prefeito eleito do então novíssimo município de Santa Luzia do Paruá (1989/1992).
Harolfran Alves de Melo, médico, político, chegara por aqui no inicio dos anos 80, recém formado construiu o hospital santa Luzia, vindo a se eleger prefeito para o mandato de (1993/1996).
Nilton Marreiros Ferraz, político, eleito vereador por três mandatos e   prefeito por dois (2005/2012).
Eunice Bueres Damasceno, advogada e política, eleita prefeita por um mandato (2013/2016).
Plácido Holanda, político, eleito na ultima eleição para o mandato (2017/2020).
Os nossos eternos professores: Xavier, Neuzinha, Nemeuza, Diana,  Julia, Cleobeto,João Pezinho, Francisco, e tantos outros que não estão mais conosco, mais que com certeza continuam em nossas mentes.
Inúmeros comerciantes que não estão mais conosco: Jacinto Lacerda, João Nonato, Adelino Costa, Adelino do Som Brasil, Antonio Veiga, Aragão, Luis Barros, Antonio Flora, José Velho, Nena, Nego do Novo Hotel, Delmiro, José do Gás, Dorgival, Azin, Nonato Ericeira,

Certamente, Santa Luzia do Paruá, completará centenas e milhares de anos, e que as próximas gerações possam se orgulhar da terra em que vivem, e que seus representantes possam ser eles de qualquer natureza (políticas, religiosas e afins), zelem por essa história, rica e incontestável, para que no futuro alguém possa lembrar-se do seu nome e da sua contribuição para Santa Luzia do Paruá.
Texto
Por:
Silvio Silva