De todas as homenagens que alguém possa receber, nenhuma é
mais gratificante do que aquela que cite com exatidão o amor, o respeito, a
responsabilidade, o compromisso e o carinho que uma pessoa (ou pessoas) possa
ter por aquilo que exerce. Falar de um professor (a) hoje sem fazer uma
retrospectiva desde os primórdios seria esquecer a contribuição e o legado que
muitos profissionais deixaram para o que é feito hoje na educação de Santa
Luzia do Paruá. Fazer educação em Santa Luzia do Paruá há trinta e poucos anos,
era complicadíssimo, já que, o contexto histórico daquela época não era
favorável; tínhamos uma ditadura militar e um processo de redemocratização e de
transição do país, mesmo assim, esses profissionais despidos de tudo e de quaisquer
vaidades embrenhavam-se nos mais longínquos rincões desse município. As dificuldades
eram enormes, faltava de tudo desde a estrutura física a material didático,
salários uma miséria, e ainda tinham que se deslocar até Turiaçu, via Rio
Paruá/Turí, para receberem seus vencimentos, sem contar que nenhum era
normalista (Estudante do curso pedagógico, que formava professores (a) nas
escolas normais de todo o país para o ensino primário). Todavia, enfrentavam as
suas lidas diárias. As modalidades de ensino oferecido naquele momento: Mobral,
Projeto João de Barro, Projeto Nordeste, Escola Laura Estrela (município) e
algumas escolinhas particulares; a frente desses trabalhos tinha os professores
(a): Lili do Paruá, Professor Chiquinho
(pai da alacides), Margarida, Mazinha, Diana, Neuzinha, Nemeuza, Raimunda
Barros, Jancinete Veiga, Maria do Clero, Maria Chaves, Raimundinho do Correio,
Julia, Rosilda de Nova Olinda, Clarisse Neves, Antonia Sousa, Duca do Juvêncio,
Mocinha do Dema, Mariazinha, João Pezinho, Apoliano da Piçarreira do Paruá,
Francinete, Paizinha, Lindalva (esposa do chico vigilante) Maria Arleide,
Lourival do Correio, Nazimar, Irismar Rodrigues, Amaral Brasil, Antonia Costa.
A partir da década de 80 (1980/1989), novos nomes foram surgindo no cenário da
educação luziense, foi implantado duas escolas de ensino fundamental maior
(ginásio), uma construída pelo professor João Moraes de Sousa (Escola Humberto
de Alencar Castelo Branco), e a outra pelo professor Antonio Firminiano
(Colégio José Sarney). Nesse período, o Brasil já vislumbrava novos horizontes,
a luta por um regime político democrático, eclodia nos quatros cantos do país,
e Santa Luzia do Paruá caminhava junto com esses acontecimentos, brigando pela
sua emancipação política. Professores em atividade: João Moraes de Sousa, Antonieta Prado, Januário, Orestes, Salomé,
Suely, René, Valmir, Thaglianeth Maria, Marcia, Raimundo Soares (Raimundo
Professor), Lilian, Zuleide Feitosa, Maricí Lobato, Ozéas Pereira, Maria José
Anibal, João do Azin Francisco, Adão Alencar Araujo, Joséfa, Maria de Fátima
Chaves, Socorro Paraibana, Dona Benta, Marly Vasconcelos, Eliete Silva, Chico
da Voz, Claudete Martins, Edilberto Cunha, Concita Baima, Maria Moraes,
Raimunda do Chuiba, Nailde do Lelau, Conceição de Maria Firminiano, Miguel do
Fórum, Marinete Feitosa, Valdemar, Lucia, Lucimar Martins, Marlene Moraes,
Wilson Brito, Arcanja, Baima, Ozielita Sena, Harolfran, Rosimar, Professor
Xavier e tantos outros, impossível listar-los. Os anos 90 (1990/1999)
trouxeram consigo, uma busca maior pela função do magistério, Santa Luzia do
Paruá já disponibilizava de grandes escolas e como consequência um numero maior
de professores (a). Vale citar alguns nomes:
Pastor Florindo, Lindomar do Delmiro, Marisa, Thesco, Ademir, Irmã Socorro, Eliulde
Barros, Lindalva Guedes, Airton, Flávio Costa, Francisca Eliane, Marilene Galvão,
Valber Barbosa, Leonilson Mota, Bilu, Gorete do Cajueiro, Nelson Guedes,
Raimunda do Pereira, Domingos, Josilene Lemos, Feitosa, Maria José (duca),
Pereirão, Edimilson, Silvio Caldas, Cleiton Veiga, Antonio Pintor, Silvana
Muniz, Luis Alves Neto, Sandra Gomes, Pará, Zélia do Lelis. O ano 2000
chegou, e com ele um novo século, marcado por inovações, onde o magistério já
não era suficiente para ministrar aulas, e estudar e se qualificar virou lei.
Vários cursos superiores foram implantados no município, e hoje quase que 100%
dos educandos tem graduação e pós-graduação. Dentre inúmeros profissionais em
exercício no município, citarei um para representar todos nós; Professor Gilvan Passos (IN MEMORIAN), exímio professor de inglês, morto
covardemente, sem nenhuma chance de defesa, morreu sem concluir o curso de
letras. O numero de professores que já passaram e muitos que ainda estão em atividade
e não foram mencionados neste texto, sintam-se todos homenageados.
Fontes:
Chico da Voz, Marceone Ramos, Amaral Brasil, Antonio Lopes
Filho, Willame Policarpo
Texto
Por:
Silvio Silva